Escassez de mão de obra qualificada aumenta ida para Alemanha

Pessoas com qualificação universitária e estudantes de cursos profissionalizantes são bem-vindos no país, que sofre com o envelhecimento da população

Apesar da Alemanha estar longe de ser o país mais procurado pelos imigrantes – o campeão é a Inglaterra – o número de entrantes de fora da União Europeia que chegam no país para trabalhar aumentou 19% em 2022, se comparado com 2020 e 2021.

Hoje o país conta com 23,8 milhões de habitantes de origens internacionais, 13,4 milhões de estrangeiros e mais de 131 mil que já adquiriram nacionalidade alemã. E o número não para de crescer. Os fatores para esse movimento são muitos: economia estável, pleno emprego, forte política de auxílio aos refugiados e, também, a falta de mão-de-obra qualificada em setores como indústria de manufatura, atacado, varejo, construção e serviços – médicos, especialistas em TI, dentistas, engenheiros, entre outros.

Esse é um dos principais problemas de 80% das empresas que registraram crescimento no último ano. A quantidade de vagas em aberto é alta ou muito alta. Isso porque o mercado de trabalho alemão conta atualmente com um maior número de pessoas saindo para a aposentadoria do que entrando na vida produtiva. Para suprir essa demanda, a solução encontrada é a facilitação da chamada migração qualificada. Para a Alemanha, seria necessário a entrada média de 400 mil trabalhadores especializados por ano, por isso, há um forte movimento empresarial para encurtar os trâmites burocráticos para a entrada de estrangeiros. Hoje um dos empecilhos é a retirada de vistos de trabalho.

Facilitado, mas nem tanto

Quem quer chegar no país para procurar emprego, tem permissão de ficar durante 180 dias. Esse período serve para que o profissional encontre um posto de trabalho que corresponda às suas qualificações. A facilidade só vale para quem tem formação universitária ou profissional reconhecida. Além disso, é preciso ter meios de subsistência suficientes, de pelo menos 1027 Euros líquidos por mês, para todo o período.

Mesmo para essa janela transitória, é necessário solicitar um visto. O processo começa na organização dos documentos e entrega ao Consulado-Geral responsável pela localidade onde o imigrante reside. O agendamento é feito online e, no Brasil, é possível fazer no Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre e Recife.

Entre os documentos necessários, estão o Formulário VIDEX (Langfristiger Aufenthalt), fotos biométricas, passaporte e prova de residência no Brasil. Com esses documentos em mãos, é preciso anexar um comprovante de formação acadêmica original e traduzido por um tradutor juramentado. Caso não tenha ensino superior, mas sim, técnico, será preciso um documento de reconhecimento da formação técnica emitida por um órgão do setor de trabalho (OAB, CREA, etc). Também são solicitados carta de motivação e currículo em inglês ou alemão, comprovantes de acomodação, recursos financeiros e um seguro de saúde internacional. A depender do caso, ainda é possível a solicitação de mais comprovações.

A partir da entrega desse dossiê, os órgãos alemães terão, em média, seis semanas para entregar uma devolutiva com a aprovação do pedido, solicitação de mais documentos ou rejeição do visto. Independentemente do resultado, o solicitante precisará pagar uma taxa de 75 euros.

Essa, obviamente, não é a única maneira de viabilizar a ida para a Alemanha a trabalho. O país conta com diversos formatos de vistos e possibilidades de permanência, como, por exemplo, visto au pair, visto de trabalho qualificado, visto para trabalho de férias, visto para estágio, para procurar vaga em curso técnico profissionalizante, para a realização do curso técnico e trabalho voluntário.

Em todos os formatos, é interessante – mas não imprescindível – saber falar inglês ou ter noções de alemão. Em alguns setores como TI e Enfermagem, por exemplo, não é necessário saber alemão na chegada.

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