Home Office com os dias contados

Tema polêmico no mundo dos C-Levels será discutido na 2ª CEO Conference

Em meio às críticas feitas ao anúncio do Starbucks em contratar um CEO remoto, às declarações de Eric Schmidt, ex-CEO da Google, que afirma que é preciso voltar ao trabalho nos escritórios ou, ainda, à fala do CEO da L´Oreal, Nicolas Hieronimus, que declarou que os empregados em home office são menos criativos e engajados, estamos passando por um momento de busca por equilíbrio entre o trabalho presencial e o remoto.

A prática, largamente adotada entre 2020 e 2022, caiu no gosto dos profissionais que entenderam que a economia no tempo de deslocamento significaria mais tempo livre para a família, hobbies ou descanso. Por outro lado, as próprias empresas viram vantagens na diminuição de custos de viagens e deslocamentos de seus executivos. Sim, há economia no trabalho remoto, mas a que custo?

Hoje, a geração Z que entra no mercado já não quer mais saber de trabalhar cinco dias por semana em um escritório, ou mesmo fábrica. Uma pesquisa feita pelo jornal alemão Bild, com mais de 155 mil pessoas, revelou que 32% preferem o trabalho em casa porque conseguem se concentrar mais no silêncio do lar, contra 16% que dizem sentir falta do contato pessoal com os colegas.

Google e outras grandes retrocedem

O conceito Work-Life-Balance arrisca desaparecer. Desde 2022, Google trocou o trabalho remoto pelo híbrido. Hoje, os seus profissionais estão autorizados a ficar dois dias por semana em casa e os outros três são presenciais, e é preciso com-provar que o trabalhador realmente está na empresa.

Esse movimento tem sido adotado por outras empresas. Poucos dias após a con-clusão da aquisição da VMware pela Broadcom, líder global de tecnologia de se-micondutores e soluções para software, os funcionários, que enfrentaram demis-sões em massa, sentiram uma mudança significativa na cultura corporativa da em-presa. De acordo com um relatório da Fortune, o CEO da Broadcom, Hock Tan, convocou a maioria dos funcionários da VMware que trabalhavam em home office a voltar ao escritório. A declaração de Tan, segundo o relatório, foi clara e direta: “Se vocês moram a 50 milhas de um escritório, tragam seus traseiros para cá.”

A tendência foi detectada em pesquisa da KPMG em outubro de 2023, que afir-mou que, até 2026, o trabalho remoto estaria praticamente extinto e apenas 25% das empresas consideravam o trabalho híbrido uma realidade. Hoje, com o desen-volvimento da inteligência artificial e novas gerações que priorizam a qualidade de vida, esse prazo tende a se estender. Como as críticas feitas à Starbucks, que ado-tou uma postura rígida para seus funcionários voltarem aos escritórios e outra postura para o board da empresa, um ponto importante é ter coerência nas esco-lhas e aplicar o mesmo Work-Life-Balance para todos os níveis da companhia. Por outro lado, os profissionais precisam corresponder, preservando a produtividade independente de onde estiverem. Quer saber mais sobre esse tema que é assunto do grande evento da AHK Paraná, a 2ª CEO Conference, que acontece no dia 12 de setembro no Auditório Regina Casillo.

Acesse os links e leia as matérias originais em alemão https://bit.ly/3Xs3MpJ, https://bit.ly/3ZcE4a7 e https://bit.ly/3Z74zha.


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