Objetivo foi mostrar como as empresas podem reportar suas práticas ESG
No quarto evento promovido pelo comitê do Meio Ambiente e ESG (tradução para Governança Ambiental, Social e Corporativa) da AHK-PR – Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha do Paraná, o tema tratado pelo advogado Rodrigo Sluminsky, do escritório associado Gaia Silva Gaede Advogados, foram as atualizações dos “Padrões IFRS sobre Sustentabilidade: O que Mudará nos Reportes?”.
O Brasil é o primeiro país do mundo a adotar oficialmente o padrão das IFRS (Internacional Financial Reporting Standards, em tradução livre, Normas Internacionais de Relatório Financeiro), que busca esclarecer como será aplicado esse conjunto de regras para os procedimentos contábeis dentro das empresas, voltados ao tema ESG. O evento, realizado na sede do escritório Gaia Silva Gaede advogados, aconteceu no último dia 20.
Sluminsky, sócio responsável pela área, que consolida as práticas de Meio Ambiente, ESG, Mudanças Climáticas e Transição Energética, explicou a respeito das normas IFRS S1 (requisitos gerais) e IFRS S2 (requisitos relacionados ao clima), os quais trazem elementos consolidados de avaliação de ativos para que os investidores consigam identificar de maneira mais assertiva os impactos da sustentabilidade em suas operações. “Elas são estruturadas sob os pilares de governança do Task Force on Climate-Related Financial Disclosures (TCFD), com diversos atributos do Global Reporting Iniciative (GRI), do Sustainability Accounting Standards Board (SASB), do Climate Disclosure Standards Board (CSCD) e do Integrated Report (IR). A regulação pretende consolidar as principais metodologias de reporte em sustentabilidade” – detalhou o advogado.
Tanto o Comitê Brasileiro de Pronunciamentos de Sustentabilidade (CBPS), quanto a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), já se manifestaram sobre as normas internacionais, no caminho da integração com os requisitos já estabelecidos no Brasil. As organizações já podem adotar a divulgação de informações com base nas novas normas em caráter voluntário. A partir de janeiro de 2026, as companhias de capital aberto já serão obrigadas a divulgar o relatório de informações financeiras de sustentabilidade de acordo com as regras IFRS S1 e S2.