Pouca oferta, falta de fornecimento e aumento de preços de materiais de construção, são alguns dos agravantes
Uma das grandes dificuldades de quem chega na Alemanha é encontrar uma casa ou apartamento para alugar ou comprar. Isso não é privilégio dos imigrantes, os próprios alemães têm dificuldades de encontrar um lugar para chamar de seu.
Depois da pandemia, a situação se agravou ainda mais e os preços imobiliários explodiram nas grandes metrópoles. Em comparação com seus irmãos europeus, a Alemanha é o país do aluguel. Apesar de muitos sonharem com a casa própria, somente 50,4% conseguiram realizar o sonho, enquanto na França o número chega a 64% e na Espanha 75,1%.
Muitos alemães acreditam que o imóvel próprio é garantia de uma aposentadoria tranquila, mas desde 2009 os preços imobiliários no país aumentaram 146%. Apesar da demanda ter caido 17% no primeiro trimestre de 2022, os preços continuam a subir. Espera-se, no entanto, uma queda nos preços devido à alta dos juros e ao baixo crescimento da economia.
O problema é que a oferta de imóveis não aumenta proporcionalmente ao aumento da população e a demanda de novas construções caiu 16,4% em março.
A indústria da construção sofre com os gargalos de fornecimento e aumento generalizado dos preços de materiais de construção, situação que foi ainda mais agravada com a guerra na Ucrânia.
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