A visita ao Brasil trouxe uma nova perspectiva de cooperação entre brasileiros e alemães
“Uma excelente relação com a América Latina sendo novamente fortalecida”. Assim definiu o Governo Federal – Die Bundesregierung – sobre a visita do chanceler alemão Olaf Scholz à região no final de janeiro. Além do Chile e Argentina, o representante se reuniu com presidente Luiz Inácio Lula da Silva e destacou a vontade da Alemanha em expandir sua cooperação econômica e estreitar relações, principalmente, nos setores de energias renováveis e proteção do clima.
“Estou aqui no Brasil para inaugurar um novo capítulo em nossas relações. É uma boa notícia para o nosso planeta saber que o presidente do Brasil luta contra as mudanças climáticas, protege a Amazônia e trabalhará para reduzir as queimadas nessa floresta, que é o pulmão verde do mundo”, afirmou Scholz.
O encontro não tratou apenas dos desafios ambientais, a conversa com o novo governo marcou uma importante abertura para cooperações e expansão da produção de hidrogênio verde e outras fontes de energia renováveis. Uma informação importante para as empresas do setor, visto que o Brasil tem aumentado os seus projetos na área que, se desenvolvidos em aliança com a capacidade tecnológica e qualidade alemãs, terão o potencial de alçar o país para as posições de destaque em negócios.
O chanceler lembrou que o bom relacionamento entre alemães e brasileiros não é de hoje. Existem cerca de mil empresas teuto-brasileiras e a ideia é ampliar essa presença nos próximos anos. O movimento passa pela consolidação do acordo de livre comércio entre União Europeia e Mercosul, o que seria de interesse de ambas regiões e que promoveria uma transformação econômica, fortaleceria a troca tecnológica e industrial, além de aumentar os padrões trabalhistas e sociais entre as duas regiões. Os dois representantes prometeram trabalhar para acelerar as negociações para firmar o acordo.
Enquanto o chanceler expressou seu esforço para avançar no tema, o novo governo brasileiro reforçou que o acordo entre a União Europeia e o Mercosul deve incluir melhorias na agricultura e na proteção aos pequenos negócios. Para o presidente do Brasil, a cooperação deve sair até o final de 2023, um prognóstico otimista do ponto de vista de Scholz.
Diferenças sobre a Guerra da Ucrânia
O discurso de Olaf Scholz na América Latina colocou os ataques russos na Ucrânia como um problema de ordem mundial e não somente europeu. Isso porque a guerra contribui para enfraquecimento, em tese, da economia mundial e é uma afronta aos direitos humanos. Na visão do presidente do Brasil, no entanto, embora não discorde do posicionamento, o Brasil é um país de paz, por isso não deve se envolver no conflito.
Em vez disso, o presidente se colocou à disposição para atuar como ‘intermediário da paz” e negociar um cessar-fogo com a Rússia. Apesar de ter soado um pouco pretensioso em um primeiro momento, a possibilidade agradou especialistas políticos e de relações internacionais alemães, que consideraram o poder de persuasão do brasileiro e a neutralidade do país como pontos fortes para a empreitada. Mas apesar do ânimo inicial, a proposta, até o presente momento, não foi para frente!
Saiba mais sobre a repercussão da visita do chanceler alemão no Brasil nos links das notícias originais https://bityli.com/N1kht, https://bityli.com/jQ7rX.