Papéis decorativos são produzidos a partir de resíduos de plantas, frutas, palhas e cascas, que anteriormente eram descartados
Verão extremamente quente no hemisfério sul e temperaturas abaixo da média no hemisfério norte, são algumas das notícias que mostram que a emissão de gases de efeito estufa afeta e piora a qualidade de vida na Terra. Para reduzir essa poluição, muitas empresas estão criando medidas sustentáveis, como a indústria de papéis decorativos Interprint, que criou um projeto de Second Harvest (segunda colheita, em português).
Junto com as organizações Tensei e Felix Schöller, a empresa associada à Câmara do Paraná viabilizou a produção de papéis decorativos sustentáveis a partir de resíduos de plantas, frutas, palhas, cascas, que anteriormente eram descartados. “Esse conceito de produto é uma opção sustentável no mercado de papéis decorativos, pois aumenta a eficiência ao fazer uso quase que totalmente das plantas, melhorando assim o impacto ambiental global do produto final”, conta a gerente de marketing da Interprint, Ludmila Holz.
Mundialmente, 5,3 bilhões de toneladas de resíduos agrícolas vão para os aterros sanitários a cada ano, um volume que daria para preencher, por exemplo, um espaço de cerca de 500 mil quadras de tênis. De acordo com Ludmila, essas matérias-primas alternativas ajudam a proteger o clima e o planeta, reduzindo a dependência da madeira, do plástico e de outros materiais não biodegradáveis utilizados em diversos segmentos.
“Os produtores ganham, pois o material que é descartado a partir da colheita pode proporcionar um fluxo de renda secundário genuíno para os agricultores, ajudando, assim, a minimizar a pobreza”, diz. As marcas também se beneficiam, destaca a diretora de marketing da Interprint: “isso porque as fibras vegetais permitem que as empresas avancem em direção à inovação genuinamente sustentável. E os consumidores também ganham, porque passam a usar produtos de fibras vegetais que são recicláveis e, até, compostáveis”, finaliza a gerente.